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Foto: Luíse Rodrigues da Costa |
Estrofes
de cordel por Bento Vieira Sales.
Vamos na Semana Santa
Jejuar, pedir perdão,
Pois nós estamos passando
Pela grande provação
Prevista no Apocalipse
Há muito, de antemão.
Na Sexta, comamos peixe;
No sábado, à luz de vela,
Cordeiro, e no domingo,
Pão com vinho, na janela,
Ouvindo o toque dos sinos,
Sabendo o que se revela.
Cristo foi crucificado
Pra nos dar a salvação,
Nos tirando do pecado
Através de seu perdão.
Está no Livro Sagrado
Sua santa pregação.
A Páscoa
A Páscoa é uma das celebrações
religiosas mais relevantes das culturas ocidentais, significando renovação e
esperança. Esses festejos são bem anteriores ao cristianisno e até ao judaísmo.
Civilizações antigas como as pagãs celta, fenícia, egípcia já comemoravam o
advento da primavera e o fim do inverno. A etimologia do termo vem do grego Paskha, do latim Pascha, e quer dizer, ao pé da letra, alimento, pois se chegava ao
fim do jejum quaresmal. Já no hebraico antigo, vem do Pesach, que literalmente significa passagem, pulo, salto e remonta
à libertação do povo judeu da escravidão egípcia. Numa denominação mais
recente, vem do inglês Ester, que já
significa Páscoa e consistia em cultos pagãos em homenagem à deusa da
fertilidade da mitologia nórdica e germânica Eostre.
A Páscoa representa a morte e a
ressurreição de Cristo na liturgia cristã. A celebração acontece entre 22 de
março e 25 de abril. Sua data determina todas as celebrações cristãs móveis,
com exceção do Natal, que tem data fixa, e é calculada a partir do primeiro
domingo após a Lua cheia partindo do equinócio primaveral no hemisfério norte,
conforme definiu O Primeiro Concílio de Niceia, ocorrido em 325, na era cristã.
A semana anterior ao Domingo de Páscoa é denominada de Semana Santa. Já a
Quaresma são os 40 dias que antecedem a Páscoa, representado uma forma de
penitência feita pelos fiéis cristãos.
A Páscoa judaica festeja 8 dias em
comemoração à libertação do povo judeu do cativeiro do Egito, que ocorrera
aproximadamente em 1.250 antes de Cristo. Antes, porém, já era festejada pelos
judeus celebrando a entrada da primavera com rituais semelhantes aos modernos.
Os símbolos pascoais são o Coelho, por
simbolizar a fertilidade; Ovo, por ter a insígnia do ciclo vital, a esperança e
a renovação; o Círio Pascal simboliza o retorno de Cristo. Trata-se de uma
grande vela que se acende na igreja no Sábado de Aleluia. Como está marcada com
as letras gregas alfa e ômega, que representam, então, o início e o fim, a luz
de Cristo que nos traz esperança. A
Colomba Pascal, que é um pão doce feito em formato de pomba, tem origem italiana
e simboliza a paz. O Cordeiro é um dos ícones mais importantes, pois representa
o sacrifício de Jesus Cristo para redimir a humanidade de seus pecados. Pão e
Vinho por serem elementos de importante simbolismo para o cristianismo, uma vez
que representam o corpo e o sangue de Cristo e contêm símbolo da vida eterna. E
os Sinos, visto que anunciam a ressurreição de Jesus Cristo nas igrejas
católicas.
Hoje, mais do que nunca, independente de credo, precisamos nos apegar cada vez mais aos preceitos religiosos e, sobretudo, a Deus, uma vez que a humanidade atravessa uma de suas piores crises da história, em virtude da pandemia do Novo Coronavírus, que é deletéria e inexorável. Feliz Páscoa a todos!
Bento Vieira Sales nasceu em 21 de março de 1968 na cidade de Independência, estado do Ceará. Alfabetizou-se no Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL). Em 1983, mudou-se para Brasília, onde começou os estudos formais. Voltou para sua cidade natal no ano seguinte e, fazendo cursos supletivos, concluiu o ensino fundamental (antigo primeiro grau) em 1986. Em 1987, então com 18 anos, foi para a cidade de Amparo, estado de São Paulo, porém não estudou em razão de não encontrar vaga. Em 1988, mudou-se para Manaus, Amazonas, onde recomeçou os estudos, concluindo o nível médio (antigo segundo grau) em 1990. Após várias tentativas em outras áreas, em 1996, conseguiu passar no vestibular para Letras, Língua Portuguesa da Universidade Federal do Amazonas, concluindo em 2000. A poesia está na genética e genealogia familiar tanto da parte paterna quanto da materna. Escreve cordel, conto, música, poemas em geral, como soneto, haicai e etc. Publicou um cordel impresso intitulado O País do Faz-de-Conta, que já está na segunda edição.
Nosso agradecimento ao Bento Sales pela excelente participação com fragmentos de cordel e artigo! Grande abraço!
ResponderExcluirGratidão e prazer, amiga!
ExcluirQue lindos versos.
ResponderExcluir🙏☺
ExcluirMais uma participação do poeta!
ResponderExcluirE ótima participação!
ExcluirMuito bom. Aprendi muitas coisas sobre a páscoa aqui. Gostei muito também das estrofes. Parabéns para Bento e Cecília pela postagem!
ResponderExcluirVerdade! Gratidão!
ExcluirBeleza de texto e cordel! Parabéns ao autor e a editora!
ResponderExcluirGratidão! 🙏☺
ExcluirMuito legal!!!
ResponderExcluir🙏☺😘
ExcluirBelo cordel!!!!!!
ResponderExcluirVerdade!
ExcluirGrande alegria, satisfação e gratidão ver minhas singelas escritas publicadas aqui, Cissa, pois sei que és eclética e tens predileção refinada. Procurei fazer um texto conciso e didático e um cordel dando destaque ao nossos hábitos religiosos e culturais. Muito obrigado por tudo!
ResponderExcluirEu que agradeço sua bela participação!
ExcluirParabéns Bento Sales! Belo cordel
ResponderExcluir🙏☺
ExcluirBela poesia, um belo texto para nosso dia
ResponderExcluir🙏☺
ExcluirMuito inspirador e emocionante!
ResponderExcluir👏🏼👏🏼
🙏☺
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