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Foto: Luciano Werhli |
Por Ana Cecília Romeu.
Praga,
República Tcheca, outono.
Lembrei-me
da falta de cores, da luz artificial vinda da torre de uma igreja, da
constelação que habitou minhas órbitas, dos anéis de saturno em nossos dedos e
do meu novo corte de cabelo. Tudo, exatamente tudo, nos coube naquela noite.
Perfume raro em frasco de remédio: placebo de suave aroma. Não, não bailamos um
tango, mas tocamos no trevo de quatro folhas, e a rosa dos ventos apontou para
qualquer direção. E sequer havia flores, recordas? Ou não as percebi?
Lembrei-me
do teu tom, dos nossos poros em conversa, da falta de palavras e da redundância
num poema qualquer que traduziste: - “silêncio...” - alguém escreveu.
E nem
bailamos um tango...
Sei, sempre estaremos em Praga onde acabar-se de amor pareceu-me verbete de mãos atadas como no resto do mundo. Mas morremos de amor, eu e tu, como o resto do mundo, assim, bem baixinho... Passageiros da noite em que não bailamos um tango.
Minha prosa poética de amor para vocês!
ResponderExcluirProfundo, ao ler a prosa, conseguimos sentir cada sensação do que é o amor
ExcluirGenial.
ResponderExcluirGratidão, Pedro! Sigamos!
Excluirboa prima felicidade e obrigada um grande beijo🌋
ResponderExcluirMuito obrigada! Gracias, prima! 🌷😘
ExcluirBelíssima crônica. Encantadora.
ResponderExcluirMuito obrigada!
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